A Empreendedora Influencer
Virginia Fonseca é um fenômeno no mundo digital. Se você não a conhece, não vive no Brasil!
Ela é um resultado da convergência entre mídia social, cultura pop e empreendedorismo que vemos na sociedade de hoje, mas ela é um case de sucesso nessa linha.
Habilidosa em capturar e manter a atenção de um público vasto e diversificado, sua estratégia de conteúdo e posicionamento se destacam em meio a uma multidão de “influencers da dancinha” e mostram a força que ela conseguiu imprimir a sua marca pessoal
E como isso virou um gol de placa, a tornando uma marca milionária.
A INFLUENCIADORA
Virginia começou sua jornada no YouTube, um espaço que se tornou um trampolim para muitos influenciadores de hoje em dia.
Quando sentiu que tinha achado um tom de comunicação e estilo, começou a expandir sua influência em outras plataformas como Instagram e TikTok, e também diversificou seu conteúdo.
Essa mudança foi não apenas no estilo do conteúdo em si, mas no que ele abordava e como abordava.
Essa versatilidade foi outro acerto para que ela crescesse nestas outras plataformas na mesma magnitude que foi no Youtube.
Sobre marketing em si, ela encaixou sua comunicação em um nicho expressivo de mercado, altamente consumidor online e que segue tendências de forma mais imediata, principalmente quando falamos de moda, cosméticos etc.
As redes sociais e o nível de engajamento e proximidade do seu público, mesmo para um perfil gigantesco como o dela, gera uma massa de fãs engajados.
Seu marketing acertou como poucos como transferir sua autoridade em marca, e vendas.
Diria que seu case é semelhante ao de Bruna Marquezine, Marina Ruy Barbosa e outras “globais”, mas estas surgiram se fortaleceram em outro canal menos pessoal, no caso a Televisão, interpretando personagens.
Uma exposição pessoal muito menor.
Mas essa identificação e proximidade da Virgínia com o consumidor final hoje joga a favor de sua marca, uma vez que os consumidores hoje buscam proximidade e identificação.
E isso é algo que as redes sociais permitem: criar / adaptar sua abordagem de forma mais imediata e com feedback em tempo real.
Agora, olhando o copo meio vazio um pouco, essa exposição em excesso exige um maior cuidado com a marca pessoal.
Diferentemente da Televisão, que blindava os influencers de certa forma, nas redes sociais você está bem mais exposto também.
E isso pode ser um risco considerável a seus negócios.
Pensando na SWOT da Virgínia, as redes sociais dela seriam Fortaleza e Fraqueza!
Claro que muito mais uma Fortaleza, mas…
A EMPREENDEDORA
O grande salto não foi, definitivamente, seu sucesso nas redes sociais.
Foi seu espírito empreendedor e como ela conseguiu sair de uma influencer para uma empreendedora de sucesso.
Além de se vender como uma mídia e fonte de receita com publicidade e parceiras, algo comum no mercado de influência
Ela foi além e avançou no empreendedorismo de fato
O empreendimento mais famoso dela, a Wepink, é uma empresa de cosméticos com aproximadamente 2 anos de vida.
A Wepink mostrou um crescimento excepcional em pouco tempo.
A primeira grande aposta da Wepink foi o lançamento do Sérum 10 em 1, que se tornou um sucesso instantâneo de vendas.
No mês de lançamento, foram vendidas 100 mil unidades, resultando em um faturamento de R$ 10 milhões – mais que o dobro do investimento inicial de R$ 3 milhões.
Após o sucesso fantástico do primeiro produto, ela trabalhou em expandir as linhas de produto.
Hoje o portfólio da Wepink já inclui mais de 60 produtos
E um faturamento acumulado de impressionantes R$ 380 milhões em dois anos, onde cerca de 20% vieram através de ações de live marketing.
Mostrando o poder do seu lado influencer para alavancar o business
A meta da Wepink é fechar 2023 com uma receita estimada de R$ 300 milhões.
Esse ritmo de crescimento do GMV é digno de uma startup americana nos tempos áureos de escala.
E trazendo seus resultados para o cenário nacional, a Wepink já apresenta uma receita mensal que a coloca entre os 2% das startups que mais faturam no Brasil.
Uma startup de valuation estimado acima em R$ 2 Bilhões!
Isso em apenas dois anos!
Confesso que nunca vi no mercado de startups e empresas nascentes um crescimento e valorização nestes níveis em tão pouco tempo de vida.
E além deste sucesso com a Wepink, ela continuou diversificando com parcerias de mídia com outras marcas e tem outras marcas, em outros nichos, como produtos para bebês, Maria’s Baby, uma empresa de procedimentos estéticos e uma agência de marketing (Talismã Digital).
A diversificação é inteligente para atingir outros produtos e serviços, e por hora parece seguir uma lógica em cima da persona da Virginia e, principalmente, do seu público-alvo.
Insights do Fábio.
A trajetória de Virginia oferece insights valiosos sobre o poder da creator economy nos últimos anos, e a verdade é que só estamos no começo desta onda.
Fazendo um paralelo do meu mercado de origem, o mercado tech puro, esse novo mercado tem um potencial de fragmentação e explosão, a meu ver, muito superior.
É um mercado que apresenta seus desafios, mas vejo um mercado ainda mais promissor que o de startups.
Além disso, sua diversificação para o empreendedorismo reflete uma visão estratégica que transcende a influência digital.
Em minha opinião, ela é um case de sucesso dentro da nova economia.
Talvez o maior deles, ao lado de outras influencers como a Bianca. Mas seus números são maiores, e realmente expressivos. O caso Virgínia, sem dúvida, é um dos mais valiosos para os aspirantes a influenciadores e empreendedores do mercado digital.
Pois oferece lições sobre a construção de uma marca pessoal, como ela pode ajudar a escalar faturamento e LUCRO para o detentor da marca, e mesmo assim manter princípios valiosos como a proximidade do creator ao seu público.